quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Do tempo

Tenho saudades tuas. Do tempo em que éramos dois mas éramos um só. Do tempo em que o primeiro telefonema do dia era para ti. Do tempo em que éramos um do outro e gostávamos disso. Do tempo em que os dias passavam devagar mas não importava porque à noite estávamos juntos. Do tempo em que os teus pés gelados procuravam os meus debaixo dos lençóis. Do tempo em que falávamos com o olhar. Do tempo em que o teu toque me arrepiava. Do tempo em que os teus abraços eram remédio para tudo. Do tempo em que o silêncio não era uma arma. Do tempo em que as discussões eram pretexto para nos amarmos. Do tempo em que me sentia amado. Do tempo em que me fazias feliz e eu a ti. Do tempo em que éramos felizes mas não sabíamos. Tenho saudades nossas.

1 comentário:

Ângela disse...

Mesmo sem o conhecer, acredite que o compreendo.
O amor não é para aprisionar, não é para ser sempre igual. É para viver cada segundo. É para tornar o outro único.
Mas tenho saudades da paixão...