terça-feira, 27 de maio de 2008

Do meu amor viajante

"Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo."
Pablo Neruda
(porque sinto tanto, tanto a tua falta...)

4 comentários:

nana disse...

um abraço.


porque sei.





..

João Mattos e Silva disse...

almeida44O poema do Neruda é lindíssimo! Anda para aí "moura na costa"...
Grande abraço

moura disse...

"Amor é fogo que arde sem ver...é um contentamento descontente..." é assim mesmo Pedro, um maravilhoso estado de exaltação mas que também faz sofrer. Também, não apenas!

Anónimo disse...

Porque foge desde o início do inevitável?
Quando o amor acontece, não pode fazer nada!
Sabe que foi o que aconteceu!
Sabemos que foi o que se passou!
Por mais que odeie, mais vai amar e sentir falta, falta que será cada vez maior, porque a falta doi e magoa muito fundo e devagar.
A fuga é confortável, o amor é inevitável e não contrariável.
Que caminho seguir?
Sei que já sabe a resposta que daria à pergunta.