quarta-feira, 9 de julho de 2008

Para que desista do desejo incessante


"Dá-me cinquenta razões para esquecer-te. Cinquenta razões para não mais perguntar por ti, nunca mais revolver-me em mórbida curiosidade. Para que desista do desejo incessante de saber das tuas voltas e revoltas, dos teus tiros e retiros, das tuas canções e redenções. Não, espera. Não me dês nada. Não mudemos a história. Deixa-te ficar sossegada, em casa, debaixo das mantas de Outono. Não quero que te canses. A partir de hoje, tudo o que pedir, pedi-lo-ei ao mundo. (...)"

Matilde Campilho, in 'O Dever de Um Homem' (Egoísta 50 - Junho de 2008)

2 comentários:

Anónimo disse...

Cinquenta ou simplesmente uma! Não valem de nada, quando o Fado, misturado com a Vontade Blimúndica, nos diz: "Ama!"... E o percurso normal - apesar de obstinadamente quebrado - é AMAR, mesmo sem razões aparentes para o fazer!
A isto assiste o mundo sorrateiramente rindo!

Etimologia dos nomes disse...

É a minha escritora preferida...mto bom!