segunda-feira, 28 de julho de 2008

Deste silêncio fundo desta mágoa


"Despojar-me ao teu lado no teu leito
deste silêncio fundo desta mágoa
de não ser mar imenso ao menos água
beijando o infinito do teu peito.

E sermos um ao menos por instantes
e fundirmos num só o nosso espanto
de esconjurar sonhos inquietantes
este momento amor que durou tanto.

Depois nunca estar só mesmo se ausente
estiveres dos meus olhos cada dia
mesmo se a voz da noite for dolente

se o desejo de ti for a corrente
que no teu o meu corpo principia.
Depois em cada sonho estares presente."

João Mattos e Silva

1 comentário:

Anónimo disse...

(e, porque mais uma vez sem palavras, reitero "ipsis verbis" o que publicas - sim, em cada sonho estar presente em mim, na "nossa" VIDA, em cada minuto mesmo que incontável, o "TU" que me dilata a alma até... sempre, assim, sem tempo!)