"Despojar-me ao teu lado no teu leito
deste silêncio fundo desta mágoa
de não ser mar imenso ao menos água
beijando o infinito do teu peito.
E sermos um ao menos por instantes
e fundirmos num só o nosso espanto
de esconjurar sonhos inquietantes
este momento amor que durou tanto.
Depois nunca estar só mesmo se ausente
estiveres dos meus olhos cada dia
mesmo se a voz da noite for dolente
se o desejo de ti for a corrente
que no teu o meu corpo principia.
Depois em cada sonho estares presente."
João Mattos e Silva
1 comentário:
(e, porque mais uma vez sem palavras, reitero "ipsis verbis" o que publicas - sim, em cada sonho estar presente em mim, na "nossa" VIDA, em cada minuto mesmo que incontável, o "TU" que me dilata a alma até... sempre, assim, sem tempo!)
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