"Perfil de primavera
Nas mãos que eu ergo acima desta ausência.
O meu sangue desperta, cria raizes no teu sangue
Nos jardins desertos da nossa solidão.
As minhas mãos, as tuas mãos, os corpos abraçados
E a única cidade construida para o nosso amor:
Nua, inquieta.
Clandestina.
A tua boca no meu peito. Os beijos
Demorados. E todos os silêncios.
As ruas que eu abri no teu olhar
Começam nos meus dedos.
Vem.
Eu amo-te."
Joaquim Pessoa
1 comentário:
E mesmo sem palavras para desenhar (neste anonimato axadrezado), QUERO escrever, com iguais tons, essa-palavra-em-barco que enche de Vida o peito! Também eu esperava por essa Primavera!
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