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"em fuga.
quero o teu corpo todo em mim
tantas vezes quanto o corpo nos permitir
e adormecer depois com o cansaço quente como almofada
de seda e prazer
único.
depois da alucinação a frustração da espera
e este o último poema que escrevo para ti?
ou o primeiro momento na longa queda deste outono oxigenado?
toma conta de mim este som sangue sinal"
M. Tiago Paixão
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