"(...)
De mim desprendeu-se um desespero selvagem, um abandono à dor que só de ver metia compaixão, uma raiva terrível e impotente, amargura e escárnio, angústia que chorava em voz alta, aflição que não podia encontrar voz, sofrimento mudo. Passei por todas as possíveis epécies de sofrimento. Melhor do que o próprio Wordsworth, sei o que ele queria dizer quando escreveu:
o sofrimento é permanente, obscuro e sobrio e tem natureza do Infinito.
Mas enquanto, por vezes, rejubilava com a ideia de que os meus sofrimentos seriam intermináveis, não podia suportar a ideia de que não tivessem significado. Agora encontro escondida na minha natureza qualquer coisa que me diz que tudo no mundo tem um significado. E o sofrimento mais do que tudo o resto. Que qualquer coisa oculta em mim, como um tesouro num campo, é a Humildade."
De mim desprendeu-se um desespero selvagem, um abandono à dor que só de ver metia compaixão, uma raiva terrível e impotente, amargura e escárnio, angústia que chorava em voz alta, aflição que não podia encontrar voz, sofrimento mudo. Passei por todas as possíveis epécies de sofrimento. Melhor do que o próprio Wordsworth, sei o que ele queria dizer quando escreveu:
o sofrimento é permanente, obscuro e sobrio e tem natureza do Infinito.
Mas enquanto, por vezes, rejubilava com a ideia de que os meus sofrimentos seriam intermináveis, não podia suportar a ideia de que não tivessem significado. Agora encontro escondida na minha natureza qualquer coisa que me diz que tudo no mundo tem um significado. E o sofrimento mais do que tudo o resto. Que qualquer coisa oculta em mim, como um tesouro num campo, é a Humildade."
Oscar Wilde, in 'Carta a Bosie'
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