segunda-feira, 25 de junho de 2007

Que sintas o que sinto

"Quando me sinto só como tu me deixaste,
Mais só que um vagabundo num banco de jardim,
É quando tenho dó de mim e, por contraste,
Eu tenho ódio ao mundo que nos separa assim.
Quando me sinto só sabe-me a boca a fado,
Lamento de quem chora a sua triste mágoa.
Rastejando no pó, o meu coração cansado
Lembra uma velha nora, morrendo à sede de água.
Para que não façam pouco, procuro não gritar,
A quem pergunta, minto, não quero que tenham dó.
Num egoísmo louco eu chego a desejar
Que sintas o que sinto quando me sinto só."

Artur Ribeiro e Joaquim Campos por Mariza, in 'Transparente'

4 comentários:

Anónimo disse...

eu sinto!

Anónimo disse...

adoro este blogue porque é assim uma espécie de auto-ajuda.
tão queridos uns para os outros!
enternece-me.
juro.

Anónimo disse...

Olá. Gosto muito de te ler. É tudo muito bonito. E tudo tão triste. Será que um raio de sol e um rasgo de liberdade não te tornaria Pleno? Estás quase lá. (Não, não me conheces...)

Anónimo disse...

lindo blog.Não te sintas só pois vivemos todos,também, na solidão.Estamos desacompanhados de nós próprios.Vivemos sempre em função dos outros e da sociedade.Anulamos o nosso ser em busca de algo que afinal está dentro de nós.Penso que apesar de te sentires só,estás bem acompanhado de ti próprio.Dessa enorme riqueza interior.Desse mundo de sensibilidade que o ser masculino não deve ter...e o amor....o amor...é a melhor coisa do mundo....e há tanta gente para amar...e podemos amar tantas vezes...essa de amar só uma pessoa para a vida toda já era...