segunda-feira, 14 de abril de 2008

Da alvorada que há em ti

"Queria conhecer os teus segredos
e penetrar-te assim devassamente.
E ter tua vontade entre os meus dedos
e comandá-la assim seguramente.
Queria dizer - vem - e tu partires
ao meu encontro muito alegremente - 
e dizer-te - não venhas - e não vires
chorando um bem perdido eternamente.
Queria que me desses tão somente 
um pouco da alvorada que há em ti
e a tua coerência incoerente.
Mas se apenas na noite se pressente
esses sinais de um tempo que perdi
que seja noite indefinidamente."
João Mattos e Silva, in 'Intemporal - Antologia'

3 comentários:

João Mattos e Silva disse...

Que HONRA!
1 ABRAÇÃO

Pedro Rapoula disse...

A sua amizade é que é uma honra!

:)

Outro abraço!

moura disse...

Um poema lindissimo, um maravilhoso poema de amor. Adorei.