sexta-feira, 11 de julho de 2008

A força da tua ausência


És tu o segredo da minha solidão. Sinto a tua falta. Fecho os olhos e és tu quem vejo. Deito-me na nossa cama e é o teu corpo que procuro na escuridão. Faltas-me quando sorrio e os olhos não brilham. Faltas-me quando respiro e o ar não entra. Faltas-me quando o telefone toca e a voz do outro lado não é a tua. Faltas-me quando vejo passar os aviões no céu e não sei se és tu que estás lá dentro. Faltas-me quando procuro outros corpos e não encontro o teu corpo. Faltas-me quando, em silêncio, o meu coração bate mais forte ao pensar em ti. Faltas-me quando acordo sozinho e me obrigo a sair de casa para trabalhar. Faltas-me quando choro a tua ausência com a certeza de que tu não imaginas o que me fazes sofrer. Faltas-me quando penso que a luz de Lisboa não me serve de nada porque não estás comigo. Faltas-me quando este Verão me sabe a Inverno tal é a força da tua ausência.

8 comentários:

Anónimo disse...

Lindo...
A força da ausência é dura, é verdade, mas é possível vencê-la. Não é fácil, mas é possível. Sei que é...

Anónimo disse...

No fundo, passamos todos, em algum momento das nossas vidas, por uma situação semelhante. Apesar da dor lancinante que nos provoca, teremos de dar razão a quem nos diz que é tão somente uma prova de existência de vida e de coragem dentro do nosso coração... que teremos concerteza muito para dar e receber.

Tão desolador é perceber que, aquele que mais queremos, é aquele que menos sente aquilo que nos magoa. Gritar a ausência que nos provoca dá-nos a sensação de não chegar aos ouvidos de quem desejamos, que apenas nos distancia e nos afunda mais.

Que as palavras sirvam para nos libertarmos.

Porque, à margem de tudo isto, também eu percebi a importância da amizade, em especial daquelas que considero valiosas, que considero importante recuperar... já dei muito mais que o primeiro passo... e também na amizade (ou na suposição de uma amizade), tenho de reconhecer que há um momento para desistir...

moura disse...

Se se sente assim a ausência, como será a plenitude da presença? Este não é um sentir da solidão, mas da saudade que espera um regresso, a pessoa está ali, está em todo o lado, é a sua presença não-física que nos prende e dói.
Não a deixe ir embora tanto tempo, meu amigo...ou corra atrás dela!

Jad disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jad disse...

Enquanto lia os olhos ficaram toldados por lágrimas. Todos nós sentimos ausências. Umas temporárias outras eternas. Porque que é que só sabemos dar valor ao que temos, quando já não temos?

Gato disse...

eu nao consigo viver estas coisas de sentir... simplesmente nao....
doi demais

Patricia Lemos disse...

Que dor é essa ? O que te fez ? Há quanto tempo ? As vezes não tenho certeza do tamanho da dor que senti, porque a que sinto agora aparece e desaparece.

Patricia Lemos disse...

Que dor é essa ? O que te fez ? Há quanto tempo ? As vezes não tenho certeza do tamanho da dor que senti, porque a que sinto agora aparece e desaparece.