sábado, 8 de novembro de 2008

Uma dor suposta


"Não sei o quê desgosta
A minha alma doente.
Uma dor suposta
Dói-me realmente.

Como um barco absorto
Em se naufragar
À vista do porto
E num calmo mar,

Por meu ser me afundo,
Pra longe da vista
Durmo o incerto mundo."

Fernando Pessoa

1 comentário:

N R disse...

Ler Fernando Pessoa é como ir ao ínfino da nossa alma e dela trazer todos os nossos medos, dúvidas, tudo o que de mundano existe em nós e por breves instantes libertar-nos completamente.