Olho pela janela e percebo que o Tejo se confunde com o céu. O nevoeiro esconde a outra margem e esta visão de ausência e interrogação remete-me para outras paisagens, mais quentes, mais distantes, mais coloridas, mais confusas. Regressei há oito dias a Lisboa. Na boca tenho ainda o sabor dos teus beijos. No coração, a cinza de um amor que não pode arder. Tenho as mãos vazias e sei que muito em breve deixarei de saber como é o calor do teu toque. Não há derrotas nem perdas: apenas a certeza de que há vidas que se tocam. Nada será diferente daqui para a frente. Encontro na tua ausência formas de te perpetuar. Não te amo mas desejo-te. E trago no sorriso a certeza de que, por breves instantes, fui feliz ao teu lado.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
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1 comentário:
Nada será diferente? Pois não me parece, pela maneira como escreve e descreve essa "aventura". Seria um desperdício tentar ignorar, o melhor do que passa é o que conseguimos guardar no nosso coração, fazer disso uma nova força e uma nova esperança, convertê-la em suplemento de alma. Não, meu amigo, acho que tudo será diferente porque a sua vida foi enriquecida com um episódio que lhe tocou o corpo e a alma.
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