terça-feira, 24 de junho de 2008

Hei-de encontrar o caminho



"Cinzento porque chovia
Todo o céu que me cobria
Comigo chorava tanto
Mas ali à minha frente
Afastado e tão presente
O rio secou o meu pranto

No fundo das suas águas
Adormeceu minhas mágoas
E acordei menos triste
A dor ao mar entregava
Enquanto às margens contava
A razão por que partiste

Sem ti seguirei viagem
Como o rio que larga a margem
E continua sozinho
Com a força da corrente
Que se reparte entre a gente
Hei-de encontrar o caminho

É na força da corrente
Que se reparte entre a gente
Que eu encontro o meu caminho"

Aldina Duarte e Manuela de Freitas por Camané, in 'Esta coisa da alma'

2 comentários:

Anónimo disse...

Ora aí está em reconfirmação! E, mesmo sem questões, contámos - a quem queira ouvir e calar - a (não) Razão de continuar em Viagem, entre lenitivos que nos fazem adormecer em limbos mais sossegados e desejos de rasgo que não esvaziam. Encontramos, assim, a imensidão, mesmo que pintalgada em Rostos que vamos cruzando!

Anónimo disse...

Que optimas noticias!
Siga o seu caminho, na descoberta de cada dia novo, no reencontro de sorriso do estranho que passa na rua, na reedescoberta de bons instantes na companhia de uma qualquer conversa.
É bom estar de bem com a vida e preparado para virar mais uma página do nosso "livro" pessoal.
Espero sinceramente que este Blog que aprendi a visitar com regularidade, ganhe outras cores, mais afastadas da tristeza.
Porque a Inquietude, também pode ser positiva, assim o queira o seu estado de espírito.
Bj

sara