sábado, 28 de junho de 2008

Que é toda minha a saudade



"Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.

Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de forma perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.

Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.

Eu não te acompanho mais:
para, deixa de bater.
Se não sabes onde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais."

Amália Rodrigues
(Porque é mesmo toda a minha a saudade. Sinto tanto, tanto a tua falta...)

1 comentário:

Anónimo disse...

Qual razão poderia o coração desejar perceber se mesmo a ela não reconhecemos? Seria, por isso, ele o fim e, escutando cada recomeço (em batimento), se bastava, assim, por si.
De que valeria, então, poder ser maior nessa pequenez solitária?
Que corra, que vá, que mude os tempos pulsados!